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NOSSA HISTÓRIA
NOSSA HISTÓRIA

 

         Histórico da Paróquia Nossa Senhora da Glória – Camobi

 

         A igreja de Camobi, no início da povoação da então denominada “Estação Colônia”, teve início no final do século XIX, mais precisamente no ano de 1890. Foi nesse ano que o senhor José Farias de Lima, homem devoto dos santos, em sua tafona (fábrica de farinha de mandioca), erguera um simples e pequeno altar para suas devoções. O território pertencia à paróquia da Catedral.

 

         Esta devoção foi espalhando-se junto aos moradores simples, mas fervorosos, entre eles o negro Filiciano, homem de fé, bom líder, que começou a propagar grande movimento de piedade na Estação Colônia.

 

         Logicamente surgiu a necessidade de se construir uma capela. Foi então que estes dois líderes começaram a trabalhar. O senhor José Farias de Lima doou um pedaço de terra para a construção da capelinha, cujo local é o mesmo onde se encontra hoje a igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora da Glória. Para isso, todo o povo se dispôs a colaborar. Dentre eles, destacaram-se: Friciano (como era chamado o senhor Filiciano), José Farias de Lima, senhora Georgete Lopes e sua família.

 

         O senhor José Farias de Lima ofereceu-se para doar uma estátua de anjo, a qual consideravam como Nossa Senhora da Assunção, assim que a capelinha estivesse pronta.

 

         Novenas, rezas diversas, procissões, sermões eram realizados pelos senhores Friciano e José Farias de Lima, muito frequentados por todos, com grande fervor. A capelinha ficou pronta no ano de 1895, data em que foi inaugurada com grande festa, pois esta fora a primeira na Estação Colônia.

 

         Foi no dia 15 de agosto, festa da Assunção de Nossa Senhora, que transferiu-se a padroeira para sua sede, onde, anualmente, desde o final do século XIX, celebram-se os festejos.

 

         Nessa oportunidade, a imagem do anjo foi substituída por uma de Nossa Senhora Aparecida, conservando, porém, o título de Assunção.

 

         A primeira capelinha não durou muito. Veio a desabar por causa de uma grande tempestade. Mas, com novo entusiasmo, foi erguida uma nova capela no mesmo lugar. Em dois anos ficou pronta. Para os festejos da padroeira, a própria Estação de Ferro fornecia trens especiais, pois não havia estradas, nem outros meios de se chegar ao local.

 

         O padre Caetano Pagliuca sempre foi um bom animador deste movimento religioso. Assim, por muitos anos, a freguesia da vila ficou sob os cuidados dos padres palotinos.

 

         Pelo ano de 1946, fez-se necessário constituir uma comissão “Pró-construção da nova Igreja”, integrada pelos senhores Alfredo Tonetto, Arlindo Tonetto, Evaldo Behr e Edemar Behr. Os funcionários que atuaram na construção eram os próprios do Engenho Alfredo Tonetto, ajudados pela comunidade.

 

         Os pedreiros que trabalharam na construção foram os seguintes: Augusto Guarienti, Arlindo Giacomini, Camilo Bevilaqua, Ricardo Sartori e José Brondani. A cobertura da igreja foi executada pelo senhor Fiori Pasqualini e Narciso Filipetto. O forro, pelo senhor Lourenço Iop e filhos, de Vale Vêneto. O piso, pelo senhor Ricardo Sartori.

 

         O padre Pio José Soldera desenhou a planta da igreja e supervisionou o início da construção. Ainda o então padre Francisco Roggia continuou a tarefa a partir da altura do telhado até a conclusão do piso, quando foi inaugurada. Assim, após anos de árduos trabalhos desde o início da construção, a igreja ficou pronta no espaço de dez anos, ou seja, as obras foram encerradas no ano de 1955.

 

        Os padres palotinos, já a partir do ano de 1950, começaram a receber auxílio dos padres Servos da Caridade, da Cidade dos Meninos, da obra do bem-aventurado Luiz Guanella. Toda a comunidade dos padres da Cidade dos Meninos prestou serviços à igreja de Camobi. Entre eles, foram escalados o padre Cezar Cassol (1954-1958), padre Thomas Attamanzzi (1958-1962), padre José Trevisan (1962-1963) e padre Thomas Attamanzzi (1963-1965).

 

         A partir do ano de 1960, a igreja de Camobi teve assistência como se fosse uma paróquia, com a única diferença que o padre não morava na casa paroquial. A comunidade foi se desenvolvendo tão rapidamente que não se podia protelar mais. Assim, com muita confiança em Deus e pouco dinheiro, constituiu-se a “Comissão Pró-Construção da Casa Paroquial”. A comissão era formada por João Farencena (presidente), Vacile Zimermann (vice-presidente), Afonso Tonetto (tesoureiro), Newton Tonetto (guarda-livro).

 

         A comissão levou a obra com tanto entusiasmo que em um ano, entre 1964 e 1965, a casa estava pronta para receber o novo vigário. O monsenhor Floriano Cordenunsi prometera que quando a casa estivesse pronta, seria instalada a nova paróquia de Camobi. E assim foi.

 

         Os superiores dos Servos da Caridade apresentaram ao senhor bispo diocesano, dom Luiz Victor Sartori, o candidato para primeiro vigário na pessoa do padre Armando Bredice, da mesma congregação. O senhor bispo aceitou e estabeleceu-se a data da instalação da paróquia para a Páscoa de 1965, no dia 18 de abril. No entanto, a data foi transferida para o dia 25 de abril, domingo seguinte, por causa de uma grande chuva. Esta data coincidia com a solenidade que Santa Maria realizava para homenagear o bem-aventurado Luiz Guanella, recém beatificado em Roma.

 

         Naquela época, como hoje, houve a preparação com um solene tríduo para a instalação da nova paróquia, presidido pelo padre Guido Fumagalli. Foi então que no dia 25 de abril de 1965 realizava-se o grande anseio da comunidade camobiense: “A Nova Paróquia de Camobi, com o título de Nossa Senhora da Glória”.

 

         Dom Luiz Victor Sartori fez questão de estar presente e pessoalmente fazer a instalação da paróquia e empossar canonicamente o primeiro vigário, na pessoa do padre Armando Bredice. A solene preparação, com tríduo, teve a assistência de centenas de paroquianos e pessoas de outras paróquias vizinhas. Pela manhã oficiou-se as festas em honra do bem-aventurado Luiz Guanella, na catedral diocesana.

 

         Na igreja matriz estavam para receber o senhor bispo, o monsenhor Didonet, pároco da catedral; o padre Cengio Alexandre, delegado dos Servos da Caridade para o Brasil; o padre Mário Carani, vigário de Nossa Senhora do Trabalho, em Porto Alegre; o padre Ângelo Moroni, diretor da Cidade dos Meninos; os padres Guido Fumagalli e Rossi, do Pão dos Pobres, em Santa Maria; e o padre José Cechetti, do Seminário Guanelliano, em Canela.

 

         A chegada do senhor bispo foi saudada por calorosos aplausos pela multidão que o esperava com grande fervor desde a manhã. Como também neste dia estivesse programada a administração do Santo Crisma, o senhor bispo dirigiu breves palavras de introdução, explicando que a instalação da paróquia e tomada de posse ocupariam a primeira parte da cerimônia. Foi apresentado o primeiro vigário, na pessoa do padre Armando Bredice, dos Servos da Caridade. Após ter-lhe imposto a Sagrada Estola, o padre foi apresentado aos fiéis.

 

         Dom Luiz Victor Sartori explicou, num bem sucedido sermão, as características de uma nova paróquia à luz do Concílio Vaticano II, focalizando sobretudo o espírito comunitário que deve animar toda atividade, para que ela se torne uma comunidade de fé, uma comunidade missionária e de amor fraterno.

 

         Após deu-se início à cerimônia do Santo Crisma, onde receberam o sacramento mais de 450 pessoas. Assim, com a bênção pastoral, o senhor bispo deu por encerrada a instalação e tomada de posse da nova Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Camobi.

 

         Os padres que já dirigiram a paróquia são estes:

 

         01 – Pe. Armando Bredice, 25/04/1965 a 02/04/1967

         02 – Pe. Thomas Attamanzzi, 11/03/1968 a 02/02/1969

         03 – Pe. Vitélio Trevisan, 02/02/1969 a 03/03/1974

         04 – Pe. Francisco Bianchini, 03/03/1974 a 08/03/1981

         05 – Pe. Vendelino Piovesan, 08/03/1981 a 16/02/1986

         06 – Pe. Nelis Soncini, 16/02/1986 a 01/02/1989

         07 – Pe. Ernesto Pradebon, 25/02/1989 a 14/04/1992

         08 – Pe. Etelvino Savegnago, 25/04/1992 a 07/01/2001

         09 – Pe. Jerônimo Brixner, 20/01/2001 a 08/06/2002

         10 – Pe. Augusto Martins de Barros, 15/06/2002 a 12/02/2006

         11 – Pe. Ernesto Pradebon, 12/03/2006 a 14/02/2011

         12 – Pe. Zalmiro Francisco Dubal Figueiró, 26/03/2011 a 26/02/2016

         13 – Pe. Augusto Martins de Barros, 27/02/2016 a 31/01/2017

         14 - Pe. Pedro Baldin, de 01/02/2017 até a presente data

 

         A primeira Diretoria da Paróquia foi empossada no dia 15 de maio de 1965, e era formada pelas seguintes pessoas:

 

         Presidente: Vitório Bizzi

         Titulares: Arlindo Weber, Vicente Antonio Farencena, José Brondani, Hermenegildo Varaschini e Izídio Mainardi.

         Tesoureiro: Newton Tonetto

         Suplentes: Angelo Biazus e Felisberto Dalla Costa

 

         A primeira Comissão Provisória e Preparatória tinha a missão de visitar as famílias e fazer levantamento de contribuições mensais para manutenção da paróquia. Era formada por Vacile Zimermann, Angelin Bortoluzzi, Renato Zimermann, José Brondani e Pedro Fernandes Sobrinho.

 

         A primeira Comissão Permanente tinha a missão de visitar mensalmente as famílias e arrecadar as contribuições estipuladas. Era formada por Angelin Bortoluzzi, Antonio (Toni) Tonetto, Pedro Fernandes Sobrinho. Caixa geral: Newton Tonetto.

 

         A primeira Festa da Padroeira da Nova Paróquia foi preparada pela primeira diretoria da paróquia. No dia 12 de julho de 1965 iniciou-se a construção da churrasqueira. O senhor João Farencena dedicou-se muito para ultimar os trabalhos da mesma, vindo a quebrar um pé nas correrias.

 

         A lista dos festeiros para o ano seguinte, 1966, foi lida no final da missa festiva: Silvio Tabarelli, Victor Barchet, Walter Beltrame, Vitélio Basso, Arlindo M. Tonetto, Nelson Fighera e Lindolfo Farencena.

 

         O primeiro casamento ocorreu no dia 5 de novembro de 1955, entre Rubens Machado e Emiliana Benetti.

 

         Júlia Tonetto doou a estátua do Sagrado Coração de Jesus.

 

         Os primeiros batizados no batistério da igreja aconteceram no dia 15 de agosto de 1965. Foram batizados Paulo Roberto e Luiz Carlos Mainardi, filhos de Izídio e José Mainardi.

        

         Gildo Fighera doou o primeiro paramento roxo, inaugurado no primeiro domingo do Advento, dia 28 de novembro de 1965.

 

         O primeiro salão paroquial foi feito para abrigar as festas da paróquia. Foi concluído em 1959. A construção foi dirigida pelo senhor Alfredo Tonetto, sempre acompanhado pelo senhor João Farencena.

 

         O novo salão teve sua construção em 1999, durante a gestão da diretoria encabeçada pelo senhor Lindolfo Farencena como presidente.

 

         A inauguração da primeira reforma da Igreja Matriz para o modelo atual data de 20 de agosto de 2006, cujo projeto é do arquiteto Alexandre Meneghetti. A arte sacra ficou a cargo da artista Tecla Eichelberger Hoppe e a irmã Maria Senira Biscaro, durante o mandato da diretoria da época, sob a presidência de João Noeli Paim de Freitas.

 

         Ao longo de sua história, a Igreja Matriz teve os seguintes presidentes:

 

         - Vitório Bizzi

         - João Farencena

         - Juvelino Pozzera,

         - Valdemar Bertagnolli

         - Normélia Trentini de Oliveira

         - Francisco Bruscatto

         - Lindolfo Farencena

         - João Noeli Paim de Freitas

         - Paulo Rabuske

         - Nicéia Tabarelli

 

         Os presidentes do Conselho Paroquial foram os seguintes:

 

         - Juarez Hoppe

         - Vitalino Cesca

         - Valmyr Oyarzabal

 

         Os tesoureiros da Paróquia, ao longo da história, foram os seguintes:

 

         - Newton Tonetto

         - Afonso Tonetto

         - Eládio Rosso

         - Juremar André Viero

         - Euclides Camponogara

         - Roberto Montagner

         - Vacile Zimmermann

 

         No ano do Jubileu de Ouro, 2015, a Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Camobi, estava organizada a partir da Igreja Matriz e uma rede de 24 comunidades, incluindo 10 capelas rurais e 14 centros comunitários, no bairro Camobi, e a comunidade do Espírito Santo, elevada a Santuário do Divino por iniciativa de Dom Ivo Lorscheiter em 11 de junho de 2000.